Mulheres 50+: maturidade impulsiona revolução no empreendedorismo feminino

Aos 50 anos ou mais, muitas mulheres estão descobrindo um novo capítulo de liberdade, propósito e protagonismo e, cada vez mais, esse recomeço tem o empreendedorismo como ponto de partida. A economia prateada, mercado voltado às pessoas acima dessa faixa etária, movimenta trilhões de dólares no mundo. No Brasil, o empreendedorismo feminino 50+ vem ganhando cada vez mais relevância. Segundo dados do Sebrae, 2,7 milhões de mulheres acima dos 55 anos são donas de negócios no país, muitas delas iniciando um novo ciclo profissional após transições de carreira, aposentadoria ou mudanças pessoais. Esse movimento reflete não apenas a busca por propósito e autonomia, mas também uma ressignificação do envelhecimento e da presença feminina no mercado. A fisioterapeuta e empreendedora Carmen Rita é um exemplo dessa nova geração de mulheres que estão transformando esse cenário. “O que me motivou foi a vontade de viver com propósito, liberdade e significado. Depois de tantos anos dedicada à fisioterapia e ao Pilates, percebi que ainda havia muito por fazer, não apenas no cuidado com o corpo, mas no fortalecimento da mente e do espírito. Aos 50, a maturidade trouxe clareza: eu não queria apenas atender, queria transformar vidas”, conta. Para ela, o principal desafio das mulheres 50+ no mundo dos negócios é reafirmar o próprio valor em uma sociedade que ainda associa inovação à juventude. “Muitas vezes, somos questionadas não pela capacidade, mas pela idade. Também há o medo do novo, da tecnologia e das mudanças rápidas. Mas quando nos conectamos a outras mulheres e buscamos capacitação, tudo muda. O Sebrae tem um papel essencial nisso, com ferramentas e acolhimento para transformar sonhos em negócios sustentáveis”, destaca. Mais do que um obstáculo, a idade se torna uma vantagem competitiva. De acordo com Marina Barbieri, coordenadora do Sebrae Delas em Santa Catarina, o avanço das empreendedoras 50+ mostra uma mudança cultural importante: “Essas mulheres estão mostrando que a maturidade é sinônimo de potência e inovação. Elas trazem bagagem, sensibilidade e propósito, atributos fundamentais para um empreendedorismo mais humano e sustentável. O Sebrae Delas tem atuado justamente para fortalecer essa rede de apoio, oferecendo capacitação, inspiração e conexões que impulsionam novos ciclos de vida e de negócios”, afirma. Com histórias que unem propósito e reinvenção, as mulheres 50+ estão redesenhando o mapa do empreendedorismo no país. Como resume Carmen: “A vida não termina quando os ciclos mudam, ela se reinventa quando a gente escolhe recomeçar”. FONTE: ASN/SC
Renda anual gerada pelos pequenos negócios chega a R$ 717 bilhões em 2024

Os microempreendedores individuais (MEI) e os donos de micro e pequenas empresas tiveram, juntos, em 2024, uma renda anual estimada em R$ 717 bilhões. A estimativa foi feita pelo Sebrae a partir do cálculo da renda familiar média dos empreendedores (as) brasileiros (as) no ano passado. Enquanto os MEI geraram em um ano R$ 224 bilhões em renda, as micro e pequenas empresas responderam por R$ 492 bilhões. Os dados constam da segunda edição do Atlas dos Pequenos Negócios, que o Sebrae lançou dia 24 de setembro. O presidente do Sebrae, Décio Lima, diz que os dados compilados no Atlas comprovam a importância dos pequenos negócios não apenas para a economia do país, mas para a manutenção dos milhões de empreendedores (as) e suas famílias. “Somos um país de pequena economia que está dando um resultado fantástico. Os empreendedores são viradores profissionais. E, na linha de frente, estão os microempreendedores individuais (MEI) — aqueles que nunca desistem, que acordam de manhã e sabem correr atrás do próprio sustento”, opinou Décio Lima, presidente do Sebrae. Confira os principais números Sobre o estudo O Atlas dos Pequenos Negócios é o mais completo estudo econômico sobre as atividades de microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). O Sebrae lançou a primeira edição em 2022, por ocasião das comemorações dos 50 anos da instituição. O estudo oferece dados qualificados que retratam o universo dos pequenos negócios, com o objetivo de contribuir para a elaboração de políticas públicas que incentivem o desenvolvimento socioeconômico por meio das micro e pequenas empresas. DataSebraeO Atlas dos Pequenos Negócios está disponível no DataSebrae. Online e de acesso gratuito, a plataforma foi criada para apoiar e auxiliar empreendedores, empresas e todos os interessados na temática do empreendedorismo. O DataSebrae completou 10 anos em 2025, com mais de 1 milhão de visualizações por ano e mais de 600 documentos publicados sobre temas como empresas, microempreendedor individual (MEI), mercado de trabalho, comércio exterior, crédito e financiamento. Com versões estaduais, o portal também dá visibilidade à produção local, ampliando o impacto das ações em todo país. FONTE: Agência Sebrae de Notícias
Empreendedorismo: estudo traça o perfil e os desafios de quem tem mais de 45 anos

Levantamento do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT) aponta que o estado abriga mais de 129 mil empreendedores com mais de 45 anos. O número é equivalente a 26% do total dos negócios formalizados. O estudo também traça o perfil desse público e analisa os principais desafios e oportunidades do “empreendedorismo sênior”, que ganha cada vez mais relevância para a economia estadual. No Brasil, são pouco mais de 7 milhões de empresários nessa faixa etária. Os dados indicam que o empreendedorismo sênior é marcado por maturidade e comprometimento: 92,6% possuem CNPJ, 67,8% são mulheres e 71,5% são casados, fator que pode indicar uma rede de apoio consistente. “Esses empreendedores unem experiência de vida, capacidade de gestão e determinação para manter e expandir seus negócios, mesmo diante de cenários econômicos desafiadores”, afirmou o diretor Técnico do Sebrae/MT, André Schelini. A motivação para empreender, no entanto, está mais ligada à necessidade do que à oportunidade: 57% iniciaram o negócio por falta de alternativas no mercado de trabalho ou por situações de emergência financeira. Desafios e perfil do empreendedor 45+ Entre os principais desafios apontados estão a falta de capital (44%), a burocracia excessiva (44%), a concorrência acirrada (31%) e as dificuldades de acesso ao crédito (32%). Ainda assim, o otimismo predomina: 17% pretendem expandir para novos mercados e 49% esperam crescer ainda mais nos próximos anos. Os empreendedores seniores se concentram em setores estratégicos como alimentos e bebidas, transporte e logística, construção, vestuário e higiene. Essas áreas refletem tanto a experiência prática acumulada ao longo da vida quanto a habilidade de identificar demandas reais da sociedade, contribuindo para o desenvolvimento econômico e a geração de empregos. Em relação à escolaridade, 51% concluíram o ensino médio, 33% têm ensino superior e 7% possuem pós-graduação. A pesquisa também destaca a diversidade: 49% se identificam como brancos, 30% como pardos e 14% como pretos. Essa combinação de vivência e qualificação resulta em empreendimentos mais consolidados, sendo que 58% têm mais de 10 anos de existência e apenas 1% foi aberto nos últimos três meses. A presença digital é vista como essencial, com 83% já presentes nas redes sociais, embora apenas 35% utilizem estratégias de marketing digital. Para a analista técnica do Sebrae/MT, Jaqueline Trentino, investir em capacitação e tecnologia será determinante para que o empreendedorismo sênior continue se fortalecendo e prosperando no estado. “Apesar dos números expressivos, que reforçam a importância desse perfil de empresário, apenas 24% deles buscam qualificação. Vale ressaltar que aqueles que investem nesse ponto têm mais preparo para tomar boas decisões. Para isso, o Sebrae/MT oferece orientação, capacitações e apoio para cada etapa do negócio. Com as estratégias certas, o caminho fica mais leve e promissor”, avalia Trentino. Fonte: Agência Sebrae de Notícias / MTImagem ilustrativa: Envato
Regime tributário passa a ser exigido pela Receita Federal na abertura da empresa

Microempresas (ME), Empresas de Pequeno Porte (EPP), médias e grandes empresas que estão sendo abertas desde o último dia 27 de julho têm que informar, logo no início do processo, qual será o regime tributário escolhido para o negócio – Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real. A exigência atende à Nota Técnica nº 181/2025 da Receita Federal e faz parte da implementação do novo sistema de Administração Tributária da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), que unifica os órgãos envolvidos no registro e legalização de empresas. A iniciativa é uma das ações da Reforma Tributária e assegura que haja interação da base cadastral do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) com as Administrações Tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Antes da alteração, a legislação permitia a definição do regime tributário após a conclusão da abertura da empresa. “A exigência de escolher o regime tributário já na abertura do CNPJ representa uma mudança estrutural no processo de formalização de empresas no Brasil. Antes, o empreendedor tinha até 60 dias para definir o regime; agora, essa decisão precisa ser tomada antes mesmo da emissão do CNPJ”, explica Pedro Pessoa, analista de Políticas Públicas do Sebrae. Segundo o analista, a medida evita retrabalho e correções posteriores nos sistemas fiscais, garante maior alinhamento entre o modelo de negócio e a tributação desde o início, além de reduzir o tempo de espera para começar a faturar, especialmente no Simples Nacional. “O empreendedor precisa fazer um planejamento tributário prévio, considerando faturamento estimado, atividade econômica (CNAE), margem de lucro e estrutura operacional. Essa escolha é estratégica e pode impactar diretamente na carga tributária e na competitividade do negócio”, orienta. Pedro Pessoa ressalta que, com a nova regra, o papel do contador se torna ainda mais estratégico. “A escolha do regime tributário exige conhecimento técnico e análise detalhada do negócio. Um erro nessa etapa pode gerar pagamento indevido de tributos, a perda de benefícios fiscais e dificuldades para alterar o regime posteriormente”, aponta. “Em paralelo, o Sebrae vem dialogando para que essas mudanças não impactem no tempo para formalização do negócio”, conclui. A mudança afeta os MEI? Não. A obrigatoriedade de escolher o regime tributário na abertura do CNPJ não se aplica aos Microempreendedores Individuais (MEI). O MEI já possui um regime tributário próprio e simplificado, com regras específicas e enquadramento automático no Simples Nacional. Fonte: Agência Sebrae de Notícias.